
sábado, 25 de junho de 2011
Adeus e obrigada!

Diante de mim, meu futuro. Não sei o que me espera.
Mas quem sabe? Isso não me aflige além do que deveria, sei que sou mais uma entre todos...
Olho pra trás. Vejo portas fechadas.
Portas que estavam a muito entreabertas dentro de mim e que estão tranquilamente se fechando. Suavidade que não reflete perspectiva e muito menos vontade de abrí-las novamente. Somente o respeito necessário.
São casos resolvidos. Não precisam mais de frestas de ar ou claridade. São peças de museu. Bem como meus aqui escritos e inscritos. Partes do acervo da minha vida. Que estão por detrás de portas, que estão agora sendo suavemente fechadas...
Foi muito bom ter passado por aqui. Está sendo melhor poder sair.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
fiandeira de mi vida

Meus passos como meadas que fiam o destino.
Aquilo que se vê hoje é fruto do que se fez quando menino?
A modernidade da cidade,
Tem por trás esculpida, um mural de estórias
Escritas a muitas mãos que juntas se puseram a desenhar.
Vejo que assim também se dá em minha vida,
Sou o que juntos, todos me ajudaram a riscar.
Não me desfaço de minhas culpas e de meus louros
Mas confesso, fica bem mais leve o emborná.
Nem por isso me desobrigo de cada passo que ensaio
Sei que tenho papel decisivo e principal em meu roteiro,
Mas vejo sim que os que me acercam,
Precisam junto a mim querer construir e caminhar.
Nossos planos não devem por isso ser iguais,
nem ao menos parecidos,
Mas o que vejo em seu castelo deve me causar respeito,
Assombro de nobreza estarrecido.
E não há escrito em lugar algum que se fará primeiro
O que foi para mim predestinado,
Faremos tudo junto, ao mesmo tempo
Lado a lado.
Será um lugar interessante esse:
Construído com fios de passado deslumbrado,
Com perspectiva de futuro bem trançado,
Onde a meada da vida deveria chamar inteira,
Em que se anda pelo centro
e nunca pela beira.
domingo, 20 de julho de 2008
me estranho...

Tão estranho muitas vezes é ver...
Estranho mistério esse chamado foco...
A mesma coisa vista de diferentes ângulos
São mais do que diferentes, são divergentes,
Incongruentes, incompatíveis!
Mas não se trata do mesmo objeto?
Estranho são os mistérios de ver...
Estranho mistério esse chamado certeza
Hoje ela é plena e absolutamente sul
Amanhã me mostra que nunca deixou de ser norte,
Será que depois virá sudoeste?
Mas não a tinha tão plena em tudo?
Tão estranho muitas vezes é concluir...
Mais estranho muitas vezes é sentir...
nossas visões, focos, certezas
tem bússola com nome: sentir.
E conforme se move minha rosa dos ventos emocional,
Meu norte e sul se bagunçam, misturam, transformam,
Norteiam o desnorteado coração em constante mutação...
Tão mais estranho muitas vezes é viver...
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Sentido...

Ver nos olhos de alguém
o sentido da criação
estar emparelhada ao Criador
em todos os momentos
do nascer do sol ao seu por.
Sentir no som de uma voz
o barulho misterioso do amor
fazer parte do mistério,
ser dele seu co-autor.
Parceria da mais linda
que entre eu e Ele se firmou
que trouxe a vida, você
Giulia minha querida flor.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
En-cruz-ilhada
Caminho...

Tantos tetos divididos
e durante esse tempo
o conflito era a paz.
Como explicar que o inevitável choque
configurava de imenso mesmo
a proximidade e a cumplicidade?
Não vê que a proximidade
te deu o improvável: felicidade?
Então, se queres distância,
optas pelo infeliz,
pelo acaso somente,
pelo raso, siga bem e assim.
Quero mesmo as Fossas Marianas
com peixes cegos e luz própria.
Quero a quase apinéia,
quero a perigosa aventura do dia-a-dia!
Me vi e me reconheci.
Não ficaste,
mas abriste a porta de entrada
pra chegada do meu destino.
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